A gerência de configuração é tarefa comum na engenharia de sistemas. Ela constitui tarefa fundamental para o controle na produção industrial, por realizar a gerência de todos os componentes dos quais certo produto e/ou serviço dependem. Na indústria da Tecnologia da Informação não é diferente. Cada sistema é constituído de várias partes, bibliotecas, serviços, máquinas, ativos de rede, artefatos dos mais diversos e para que um sistema tenha consistência na sua construção é necessário tomar um conjunto de cuidados com relação a que produto de software depende de quais componentes.

Quando tratamos de software deve-se conhecer o produto de software como um todo, desde o manual do usuário até a última versão em produção. Planejamento de artefatos e como eles serão estruturados, que usuários utilizarão ou as licenças de software de softwares terceiros utilizados. Portanto, propor a padronização de um pipeline de construção de software alinhada ao processo de desenvolvimento de software e qualidade de software até a finalização da construção e publicação em ambiente de produção é fundamental para a agilidade e consistência do modelo 

Termos como o de integração contínua e entrega contínua (CI/CD do inglês Continuous Integration e Continuous Delivery/Deployment) são conceitos que estão em alta devido também a um outro conceito, o conceito de DevOps. Este conceito é abrangente e é composto de diversas habilidades, mas em resumo, objetiva aproximar o profissional com habilidades de desenvolvimento de software com responsabilidades e habilidades do setor de operações. Esses conceitos vêm crescendo muito devido a agilidade que é buscada nas empresas para a disponibilização de software e é um dos princípios do Manifesto Ágil.

No contexto do TCE-RN a aplicação deste conceito aos produtos e serviços entregues a comunidade é essencial, por possui um catálogo com mais de 50 produtos e serviços consumidos por uma comunidade ativa e exigente como a população do Rio Grande do Norte e suas unidades jurisdicionadas, além de outros órgãos de controle como Ministério Público Estadual e Federal, Assembleia Legislativa, as Polícias Estaduais, Civil e Federal, Receita Federal, para citar alguns. Criando o mecanismo de controle e gerência dos produtos e serviços o usuário final é o maior beneficiário e a evolução e melhoria contínua dos serviços prestados é algo possível de forma mais gerenciável e otimizada.